Imprimir Republicar

Estratégias

Programa de infra-estrutura

Em 1995, a FAPESP finalizou a primeira etapa do Programa Emergencial de Apoio à Recuperação e Modernização da Infra-Estrutura de Pesquisa do Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia, na qual foram investidos R$66,1 milhões (R$50 milhões do orçamento de 1994 e R$16,1 milhões do orçamento de 1995), distribuídos entre 847 projetos, aprovados por mérito. No mesmo ano, deu início à segunda fase do programa, na qual foram comprometidos mais R$123,9 milhões do orçamento de 1995, para desembolso em 1996.

As solicitações de recursos na primeira etapa -um total de R$120 milhões, para 1.103 projetos -vieram de todas as áreas do conhecimento, com um maior volume de pedidos originários das Ciências da Saúde, da Engenharia e das Ciências Exatas. No que se refere às concessões, foram as Ciências da Saúde que receberam a maior parcela, tanto em número de projetos, quanto em valor: elas tiveram 189 projetos aprovados (22,31%), no valor de R$12,5 milhões, equivalente a 18,96%. As Engenharias constituíram a segunda área mais beneficiada, com 171 projetos aprovados (20,19%), no valor de R$9,6 milhões (14,51 %). As Ciências Agrárias ficaram em terceiro lugar, com 117 projetos aprovados (13,81%), no valor de de R$9,4 milhões (14,28%).

Dos recursos investidos, cerca de 23,0%, ou seja, R$15 milhões destinaram-se a projetos de informática, voltados, dentre outros fins, para ampliação e melhoria das redes locais e informatização de bibliotecas. Quanto às instituições beneficiadas, foi da Universidade de São Paulo, USP, o maior número de projetos aprovados, ou seja, 240 (28,34% do total), no valor de R$31 milhões (46,98%). A Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP, a seguiu de perto em número de projetos aprovados, ou seja, 231 (27,27%), mas não em valor, tendo ficado com R$11,4 milhões (17,33%). A Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, teve 165 projetos aprovados (19,48%), no valor de R$10,9 milhões (16,46%).

A demanda para a segunda etapa do programa – que introduziu a inovação da distribuição de projetos por módulos -deu um salto: foram encaminhados à FAPESP 3.048 projetos, num valor globalsolicitado de aproximadamente R$486 milhões. Do total, 1.470 solicitações referem-se aos módulos 1 e 2 (Equipamentos Especiais Multiusuários e Ampliação e Modernização dos Recursos de Informática); 233 ao módulo 3 (Infra-Estrutura de Bibliotecas); 253 ao módulo 4 (Livros) e 1.092 ao módulo 5 (Infra-Estrutura Geral). A análise das solicitações apresentadas está em curso na FAPESP.

A impressionante demanda por recursos para infra-estrutura explica-se pelo envelhecimento dos equipamentos de pesquisa em São Paulo e pela falta de meios, observada ao longo dos últimos anos, mesmo para sua manutenção mais rotinera. Há bastante tempo várias instituições vinham solicitando à FAPESP recursos para evitar a deterioração de seus laboratórios e outras instalações de pesquisa, mas a Fundação se dispunha a atendê-las apenas na condição de que houvesse uma contrapartida da própria instituição. A realidade, contudo, demonstrou que não adiantava insistir nessa contrapartida, dada a falta de disponibilidade financeira para tanto. A conclusão levou a FAPESP a conceber e assumir inteiramente o programa destinado a evitar o desmantelamento completo da infra-estrutura de pesquisa do Estado e, adicionalmente, propiciar a sua modernização.

Republicar