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Indicadores

Base de dados deve apoiar planejamento da política de C&T

A FAPESP aprovou um projeto para constituição de uma “Base de Dados e Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Estado de São Paulo – Anos 90”. Essa base deverá funcionar como um sistema de informações confiáveis para o planejamento de ações governamentais ligadas à Política Científica e Tecnológica. Mas não só de forma mais ampla, ela deverá ser também uma fonte de subsídios para o debate de iniciativas no campo de C&T, voltadas para a superação de obstáculos ao desenvolvimento sócio-econômico, e mesmo para divulgação de dados quantitativos referentes à produção de C&T em São Paulo.

O projeto será desenvolvido conjuntamente pelo Laboratório de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação da UNICAMP, LlCTI e pelo Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da USP, PGT, em três etapas. Na primeira fase serão levantados dados e informações já disponíveis junto às instituições públicas de ensino e de pesquisa estaduais e federais localizadas no Estado de São Paulo e fornecidos pelo PGT os dados sobre o sistema de inovação tecnológica, ou seja, os indicadores de P&D, de empresas paulistas estatais e privadas que fazem parte da base de dados da Associação Nacional de Pesquisa de Empresas Industriais, ANPEI. Com isso se dará início à construção e disponibilização em rede da base de dados eletrônica da FAPESP e à implantação de um cadastro das instituições de pesquisa do Estado de São Paulo, com mecanismo de atualização periódica.

A segunda fase, muito mais complexa, já prevê estudos aprofundados sobre a realidade encontrada na etapa anterior, visando ao estabelecimento de metodologia e estratégia mais apropriadas para a coleta e sistematização de dados, além de estudos teóricos e debates com especialistas para a construção de indicadores quantitativos das atividades de C&T e de inovação mais adequados à realidade do Estado. Aí também se descerá a dados mais detalhados sobre linhas de pesquisa, recursos financeiros e de pessoal etc. Finalmente, a terceira fase inclui, entre outras iniciativas, a revisão de teorias e conceitos atuais sobre indicadores de C&T, análises críticas sobre as características e o funcionamento do sistema de C&T e Inovação de São Paulo e a publicação de um volume sobre a base de dados.

Fundações estaduais em debate
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, FAPEMIG, promoveu em Belo Horizonte, de 21 a 23 de outubro, em comemoração a seus dez anos de criação, o Simpósio Nacional de Fundações de Amparo à Pesquisa, SINFAP. Os debates do simpósio englobaram os seguintes temas: o papel das fundações estaduais de apoio à pesquisa no desenvolvimento regional; interação das fundações com as agências federais e congêneres; aferição do impacto social resultante do fomento à C&T/relacionamento das fundações com a sociedade; o papel da mídia na divulgação do fomento à pesquisa; processos e mecanismos de indução de projetos de C&T/apoio a grupos emergentes; desenvolvimento de infra-estruturas laboratoriais para pesquisa: estratégias e mecanismos; transferência de resultados de pesquisa para o setor produtivo e integração entre agências estaduais.

Participaram do simpósio diretores das 11 fundações estaduais de amparo à pesquisa existentes no país, representantes das agências federais de fomento à pesquisa – CNPq, FINEP e CAPES -, além dos secretários de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Mauro Lobo Martins Junior e do Rio de Janeiro, Eloi Femandez y Femandez, atual presidente do Fórum Nacional de Secretários de Estado de Ciência e Tecnologia. Quem representou a FAPESP no evento foi o diretor-científico da Fundação, professor José Femando Perez, que apresentou o tema “Desenvolvimento de infra-estruturas laboratoriais para pesquisa: estratégias e mecanismos”.

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