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Estratégias

Japão investe mais em genômica

O governo japonês pretende aumentar seu apoio à genômica através de duas iniciativas: um plano qüinqüenal para dobrar os investimentos em pesquisas nessa área (com o aporte de 2 trilhões de ienes em cinco anos, elevando, assim, os gastos com genômica a pelo menos 0,2% do PIB japonês) e um projeto para decifrar 30% das seqüências de genes expressos humanos até 2001, informou a Nature de 29 de julho passado.

A estratégia, anunciada em 13 de julho último, por cinco ministérios, vai centrar-se na análise do genoma humano e na criação de uma base de dados de polimorfismos de nucleotídeos isolados, Snips, na população japonesa, que poderá levar a novos medicamentos e técnicas de diagnóstico.

O plano inclui a criação de centros nacionais de pesquisa genômica, até 2001, e a ampliação do apoio a investimentos de risco nessa área, num esquema similar ao do programa norte-americano Small Business Innovation Research (SBIR), de financiamento a pesquisas inovadoras com potencial comercial em pequenas empresas (que, aliás, foi uma das fontes de inspiração do PIPE, o Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas da FAPESP).

O plano está afinado com um programa de dez anos do governo japonês para ampliar 25 vezes o atual mercado de biotecnologia do país, fazendo-o alcançar US$ 213 bilhões (25 trilhões de ienes) e ajudar na criação de mil novas companhias até 2010. Há um sentimento crescente entre pesquisadores e industriais de que a pesquisa em biotecnologia no Japão, particularmente nos projetos de genômica, está muito atrasada em relação ao Ocidente.

A contribuição japonesa para o Projeto Genoma Humano, por exemplo, responde por apenas 8% do esforço total e, segundo o Ministério da Indústria e Comércio Internacional (MITI), os investimentos anuais em genômica, de US$ 4,77 milhões (560 bilhões de ienes), são menos de um quarto dos norte-americanos.

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