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Estratégias

Solidariedade à Argentina

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) encaminhou ao secretario de Estado para la Tecnologia, la Ciencia y la Innovación Productiva da Argentina nota de solidariedade à comunidade científica daquele país, na defesa da preservação de seu patrimônio científico. Segundo a nota, “qualquer mudança nas instituições ligadas ao avanço do conhecimento, particularmente em épocas de dificuldades financeiras, deve ser ampla e profundamente discutida, de modo a evitar os impactos negativos, que por vezes são irreversíveis”. E prossegue: “Tanto para sobreviver como para revigorar-se, o sistema de CeT depende basicamente de ações continuadas e apoiadas com absoluta regularidade.

Reestruturações abruptas e unilaterais podem levar a prejuízos inestimáveis e até à rápida destruição daquilo que custou décadas para ser construído”. A nota da SBPC atendeu a uma solicitação dos próprios cientistas argentinos dirigida a toda a comunidade científica do Hemisfério, com o objetivo de gerar uma pressão internacional sobre o governo. Depoisde haverem encaminhado, no mês passado, uma carta ao presidente Fernando de la Rua (Pesquisa FAPESP 54), os cientistas argentinos elaboraram um manifesto em defesa da pesquisa científica e do Conselho Nacional de Ciencia (Conicet) daquele país.

Segundo eles, o Conicet, principal agência estatal de apoio à pesquisa, está sendo desmantelado e ameaçado de extinção. O orçamento para educação e CeT na Argentina foi reduzido em US$ 120 milhões e hoje apenas 0,4% do Produto Nacional Bruto do país é destinado à ciência e tecnologia. Os salários dos servidores públicos, inclusive os da área de CeT, foram reduzidos em 12% e o pagamento dos auxílios a pesquisadores foram adiados temporariamente.

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