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Tecnociência

Estréia bem-sucedida

A noite de 3 para 4 de setembro foi histórica para a astronomia. Começou a funcionar, para a alegria incontida dos astrônomos, o quarto e último elemento do conjunto de quatro telescópios, o Very Large Telescope (VLT), do Observatório Austral Europeu (ESO), no norte do Chile, um dos maiores do mundo, construído ao longo dos últimos 15 anos. As primeiras imagens captadas pelo Yepun (Sirius, na linguagem dos índios mapuche), como é chamado o quarto telescópio, foram promissoras. Elas mostraram com grande nitidez a nebulosa planetária Hen 2-428, as galáxias-anãs NGC 6822 e a galáxia espiral NGC 7793.

Nesse equipamento de última geração, um grupo de pesquisadores da Finlândia, Dinamarca, Itália e Estados Unidos detectou logo no início de outubro os mais antigos registros de raios-gama, emitidos quando o Universo ainda era jovem – tinha um décimo da idade atual. Eles são resultado de uma explosão cuja luminosidade equivale a cerca de 1 trilhão de vezes à do Sol e viajaram durante cerca de 11 milhões de anos até chegar à Terra. Embora fique no alto da montanha Cerro Paranal de 2.635 metros, no Chile, o observatório foi financiado e é administrado por americanos e europeus.

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