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Estratégias

Pesquisador brasileiro quer voltar ao país

As exaltadas condições ideais de trabalho e salários compatíveis com o mercado internacional não são motivos suficientes para prender o pesquisador brasileiro nas universidades e institutos de pesquisa dos Estados Unidos. Estudo da National Science Foundation (NSF), realizado antes dos atentados terroristas a Nova York e Washington, mostrou que 74,8% dos pesquisadores brasileiros que foram estudar ou trabalhar nos centros norte-americanos querem voltar.

O mesmo não vale para outros estrangeiros: 70,4% dos cientistas colombianos, 61,2% dos argentinos e 51,3% dos chilenos pretendem permanecer na terra do Tio Sam. Também os estrangeiros de fora da América Latina não querem voltar para seus países. No caso dos imigrantes indianos nos Estados Unidos e na Europa, 82,5% devem continuar no exterior, assim como 81,9% dos chineses. Até mesmo os cientistas canadenses (64,9%) manifestaram vontade de continuar trabalhando nos Estados Unidos.

Mais de 80% dos pesquisadores brasileiros que se doutoraram em terras norte-americanas na década passada voltaram para o Brasil – o número é o mais alto conhecido entre estrangeiros, segundo a NSF. Uma das explicações possíveis para o fenômeno da volta dos brasileiros é a ampliação do sistema de ciência e tecnologia. Os freqüentes programas criados pela FAPESP, por exemplo, têm trazido não somente esses pesquisadores de volta, como atraí também cientistas e professores estrangeiros de grandes centros para as universidades brasileiras.

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