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Tecnociência

Novo teste garante a qualidade do cafezinho

Um método inédito para detectar impurezas ou fraudes no pó de café foi desenvolvido e patenteado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Com ele, é possível verificar, por meio de uma câmara fotográfica digital, uma lupa e a análise das imagens de um software específico, o espectro eletromagnético refletido pelos diversos materiais orgânicos que compõem o pó de café. Assim, é possível captar os diferentes comprimentos de onda eletromagnética emitidos por cascas ou pedaços de caule da planta, ou por material misturado ao café intencionalmente, como milho, cevada, açúcar mascavo, soja e outros.

O novo teste atende a uma sugestão da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), que procurava um método mais ágil e preciso para substituir o tradicional: lento e feito de forma manual. A entidade fornece um selo de pureza anual aos fabricantes que apresentem até 1% de impurezas. “Com o novo sistema, conseguimos um índice de acerto de 99,73%”, conta Eduardo Assef, pesquisador da Embrapa Cerrados que coordenou o trabalho junto com Embrapa Café e Embrapa Agroindústria de Alimentos. A construção do software se baseou no Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Spring) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), sistema usado no monitoramento ambiental por satélite que foi adaptado para a análise de impurezas e fraudes no café.

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