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material biológico

Válvula cardíaca de córnea de atum

Um novo tipo de válvula cardíaca, feita a partir de um material biológico inusitado, córneas de atum, foi desenvolvido pela empresa paulista Braile Biomédica, de São José do Rio Preto, em parceria com cientistas italianos da Universidade de Milão. A principal vantagem do implante, cuja função é regular o fluxo sanguíneo, é ser menos vulnerável ao processo de calcificação. Esse problema reduz a vida útil dos implantes e ocorre dez anos após a introdução de válvulas biológicas, normalmente fabricadas com tecido bovino ou suíno. O pesquisador Gilberto Goissis, do Instituto de Química da USP de São Carlos, também participou do processo de desenvolvimento do artefato.

“Estamos fazendo testes de qualidade e durabilidade do material”, diz Goissis, que foi coordenador de um projeto do programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP entre a universidade e a Braile. Os experimentos são conduzidos em seu laboratório, equipado durante o PITE. Além de trabalhar com o implante de córnea de atum, Goissis prossegue os estudos para aprimorar o desempenho de válvulas cardíacas confeccionadas a partir do pericárdio, membrana que envolve o coração, bovino.

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