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Mundo

Aquecimento global motiva migrações

O impacto do aquecimento global sobre os seres vivos pode ser maior do que se imaginava, de acordo com um estudo publicado na edição de 2 de janeiro da Nature. Os autores desse trabalho, a bióloga Camille Parmesan, da Universidade do Texas, e o economista Gare Yohe, da Universidade de Wesleyan, ambas dos Estados Unidos, chegaram à conclusão de que 95% das migrações de várias espécies podem estar relacionadas com as mudanças climáticas.

“Borboletas do norte da Europa chegaram a mudar-se para regiões a mais de 150 quilômetros de distância de seu hábitat devido às alterações de temperatura na estação quente”, diz Camille. Terry Root, ecologista da Universidade de Stanford que participou do levantamento, valendo-se de métodos estatísticos diferentes, concluiu que 80% das espécies que migraram recentemente, de moluscos a mamíferos e de ervas a árvores, procuravam reencontrar as mesmas condições climáticas sob as quais viviam anteriormente.

Foram estudadas 99 espécies de animais e plantas do norte dos Estados Unidos e da Europa, a maioria deslocando-se, a cada década, para novos ambientes, situados em média 6,1 quilômetros mais distantes ou 6,1 metros mais altos que os anteriores. Os pesquisadores alertam: os efeitos das mudanças climáticas estão agora evidentes – e deveriam ser avaliados seriamente.

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