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Mundo

Não alimente os pássaros

Os norte-americanos gastaram US$ 2,6 bilhões em 2001 com comida para pássaros – total duas vezes maior que o destinado a papinhas prontas para bebês e duas vezes e meia superior ao desembolsado em alimentos para nações carentes (Wall Street Journal, 27 dezembro). Como entender esse fato? É que boa parte da população dos Estados Unidos está convencida de que, espalhando recipientes com alpistes e grãos ao redor de suas casas, ajuda a salvar a vida de pássaros selvagens.

Mas os ornitólogos e biólogos estão preocupados. Dizem que essa prática dissemina doenças entre as aves e as atira nas garras de predadores, como gatos domésticos e gaviões. Além disso, ao aproximar-se em rasantes dos comedouros, milhões de pássaros acabam espatifando-se contra automóveis e vidraças. O pior é que não são apenas as aves que são atraídas pela fartura dos grãos. “As pessoas que gostam de alimentar passarinhos são as que mais nos procuram”, diz Alan Huot, chefe de um agência de controle de zoonoses, em Connecticut, especializada em livrar residências de invasores como ratos, micos, gambás e até ursos.

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