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Estratégias

Falta convencer os credores

O governo argentino quer multiplicar as fontes de recursos para ciência e tecnologia – e tenta envolver nesse esforço até os credores de sua dívida externa, que hoje alcança US$ 172 bilhões. A idéia, divulgada no dia 30 de julho na revista eletrônica SciDev.Net , é destinar 1% dos juros anuais da dívida a um fundo de apoio à pesquisa. Caso os credores aceitem abrir mão do percentual em nome da ciência, serão convidados a gerenciar o fundo em parceria com as autoridades.

A proposta, conhecida como “Dívida em troca de conhecimento”, integra um plano para dobrar os investimentos em pesquisa no país que foi apresentado à Comissão de Ciência do Parlamento pelo secretário de Ciência, Tulio Del Bono. O plano é formado por outros dois projetos. Está prevista a criação de um fundo de risco, com aporte inicial de US$ 6,2 milhões pelo governo argentino, para financiar empresas de inovação tecnológica.

O outro projeto estabelece um sistema de financiamento semelhante ao dos fundos setoriais brasileiros, abastecido por taxas cobradas de empresas de setores como biotecnologia, energia, combustível. A meta é fazer com que só uma parte dos US$ 79 milhões do orçamento de Ciência e Tecnologia em 2004 tenha origem no Tesouro. O restante seria financiado por meio desses fundos.

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