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Educação

Abandono do magistério

Duas professoras da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) realizaram uma pesquisa para examinar a questão do abandono do magistério público na rede de ensino do Estado de São Paulo. Os resultados estão no artigo Professores, Desencanto com a Profissão e Abandono do Magistério, disponível no Scielo. O objetivo do estudo, que se baseou em dados quantitativos da Secretaria Estadual de Educação, foi compreender de que modo o processo de exoneração do magistério acontece ao longo da vida e da experiência profissional dos professores. Com base em um questionário enviado a 158 ex-professores da rede pública, além de 16 entrevistas individuais, Flavinês Rebolo Lapo e Belmira Oliveira Bueno perceberam que houve um aumento da ordem de 300% nos pedidos de desistência do cargo de docente. “Além dos baixos salários, as precárias situações, a insatisfação no trabalho e o desprestígio profissional estão entre os fatores que mais contribuem para que os professores deixem a profissão”, concluem as pesquisadoras. Para elas, este processo acontece em várias etapas até atingir o abandono definitivo, por meio de uma série de mecanismos pessoais e institucionais de que os docentes fazem uso ao longo de suas carreiras.

Cadernos de Pesquisa – nº 118 – São Paulo – mar. 2003

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