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Enfermagem

Intuição nipônica

A dificuldade com o idioma pode interferir na compreensão e no tratamento de doenças por parte dos profissionais de enfermagem, quando o hospitalizado é um estrangeiro. Partindo desse pressuposto, em que a comunicação verbal e não-verbal é essencial no processo de descoberta das enfermidades em um paciente, duas pesquisadoras da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram o estudo A Comunicação no Processo da Hospitalização do Imigrante Japonês para conhecer a importância da comunicação para o imigrante japonês durante o seu processo de internação em um hospital. Foram entrevistados  pacientes japoneses em um hospital de São Paulo numa pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica. Percebeu-se que os imigrantes possuem dificuldades de relacionamento pelo fato de o idioma ser uma barreira, impedindo-os de manter uma comunicação efetiva com a equipe de saúde. Conseqüentemente, os japoneses tinham dificuldades para compreender a sua doença e o tratamento ao qual estavam sendo submetidos. “O estudo revelou que a falta de entendimento do idioma fez com que a grande maioria dos entrevistados se acomodasse e não aprendesse a língua portuguesa”, diz o artigo, que, devido a esta falta de entendimento, chama a atenção para a falsa impressão de que os imigrantes podem transmitir de que está tudo em ordem. “Nesse caso, devemos lembrar que pequenos gestos ou um olhar podem ser tão significativos quanto as palavras”, concluem as pesquisadoras.

Revista Latino-Americana de Enfermagem – v. 10 – nº 6 – Ribeirão Preto – nov./dez. 2002

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