Trabalhadores que manipulam inseticidas organofosforados e piretróides, usados nas campanhas de combate aos vetores da doença de Chagas, dengue e febre amarela, estão sujeitos a perder a capacidade auditiva, de acordo com um estudo realizado em Vitória de Santo Antão, Pernambuco. O levantamento foi feito com 98 homens submetidos à exposição a venenos por sete anos, em média. Deles, 63,8% apresentaram perda auditiva.
A exposição simultânea aos produtos químicos e aos ruídos ampliou a perda auditiva para 66,7% dos homens. Os autores desse trabalho – Cleide Teixeira, da Faculdade Integrada do Recife, Lia Augusto, da Fundação Oswaldo Cruz, e Thais Morata, do Instituto Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional, dos Estados Unidos – sugerem que as exposições a produtos químicos sejam monitoradas e controladas. Alguns hábitos de higiene, a princípio, poderiam amenizar o problema: 93,4% dos trabalhadores voltavam para casa com a mesma roupa de trabalho e a usavam mais de uma vez sem lavar (73,2%).
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