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Em busca do “vidro perfeito”

Uma descoberta feita recentemente na Grã-Bretanha abre caminho para a criação do “vidro perfeito”. Pelo novo processo, a zeólita, um mineral cristalino usado como catalisador na fabricação de gasolina e na separação do oxigênio e do nitrogênio existentes no ar, transforma-se em vidro após ser submetida à pressão. Atualmente, frascos, vidraças e outros produtos de vidro são obtidos a partir de um material líquido resultante da fusão a altíssimas temperaturas de uma mistura de cristais de areia, carbonato de sódio, carbonato de cálcio e outros componentes.

Solidificado rapidamente, esse material se transforma em vidro. Segundo o professor Neville Greaves, coordenador das pesquisas realizadas no Instituto de Matemática e Ciências Físicas da Universidade de Gales, o novo processo pode ser feito até em temperatura ambiente por meio da aplicação de um processo chamado amorfização – pelo qual as zeólitas e outros sólidos cristalinos como o quartzo, por exemplo, podem ser convertidos em estruturas amorfas (não-cristalinas) sob temperaturas abaixo de seu ponto de fusão e que, se puder ser executado de maneira lenta e gradual, será capaz de produzir um vidro quase “perfeito” (como os cristais), conforme a agência London Press. Segundo os pesquisadores, que publicaram um artigo sobre sua descoberta na revista Nature Materials em setembro de 2003, a dinâmica da passagem das zeólitas para um estado de estrutura amorfa é a mesma sob aquecimento ou pressurização.

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