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Brasil

Patentes

Medicamento na semente de jaca
Uma lectina (um tipo de proteína) extraída da semente de jaca mostrou-se eficaz no tratamento de queimaduras. A descoberta, o isolamento e o uso medicamentoso dessa lectina, que ganhou o nome de KM+, foram feitos pela equipe da professora Maria Cristina Roque Barreira, do Departamento de Biologia Celular e Molecular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os testes foram realizados em ratos com queimaduras comparando-se a resposta da aplicação de três tipos de pomada: uma com a KM+, uma com outra lectina da jaca, a jacalina (utilizada como reagente bioquímico) e a terceira sem nenhuma lectina. Os resultados mostraram que a KM+ acelerou a regeneração da pele lesada e evitou a necrose local. Como a quantidade da KM+ é muito pequena quando extraída do fruto, inviabilizando a produção industrial, a pesquisadora se associou com a professora Maria Helena Goldman, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, para produzir a lectina em laboratório. Usando a técnica de DNA Recombinante, Maria Helena conseguiu transferir o gene codificador da lectina para leveduras. Esse processo permite produzir a KM+ em escala industrial. A pesquisadora acredita que o tratamento com a lectina possa ser estendido à cicatrização de outras lesões de pele.

Título
Patente da Lectina KM+ Recombinante para Uso Farmacêutico
Inventor
Maria Cristina Roque Barreira, Maria Helena de Souza Goldman, Luís Lamberti da Silva, Ademílson Castelo, Ricardo Santos de Oliveira, Marcelo Baruffi e Jeanne Blanco Machado
Titularidade
USP/FAPESP
Diagnóstico para reabsorção dentária
Desenvolvimento de um kit comercial para detecção precoce da reabsorção dentária. Esse fenômeno ocorre em pacientes durante tratamentos ortodônticos (uso de aparelho para correção), submetidos a processos para clareamento, cirurgias ou que sofreram traumatismos. Atualmente, as radiografias são o único instrumento para detectar a reabsorção da raiz, mas esse problema, que pode levar à perda do dente, só é visível quando está em estágio adiantado. Por esse novo método, com uma gota de sangue é possível detectar a existência de anticorpos contra a dentina (camada abaixo do esmalte do dente). Se o diagnóstico for positivo, significa que o dente está sendo reabsorvido. A simplicidade do método, que permite ao clínico reavaliar o tratamento adotado, é fruto da descoberta feita pela mesma equipe da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo: na dentina concentram-se proteínas que funcionam como antígenos, substâncias protetoras do dente.

Título
Sistema para Detecção de Reabsorção Dentária Humana
Inventores
Alberto Consolaro, Eiko Nakagawa Itano e Mirian Marubayashi Hidalgo
Titularidade
USP/FAPESP

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