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Brasil

Lições da guerra do cupuaçu

Ambientalistas tiram lições da vitoriosa batalha do cupuaçu, fruta amazônica que virou marca em vários países, mas teve o registro cassado em um deles, o Japão. A campanha, liderada pela rede Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), teve sucesso porque contou com o empenho do governo brasileiro e conseguiu reunir US$ 20 mil para as despesas nas cortes nipônicas. Em parceria com a ONG Amazonlink, o GTA estuda a viabilidade de novas batalhas.

Entre os alvos possíveis, há o caso da empresa norte-americana ZymoGenetics, que detém a patente de dois princípios ativos, um analgésico e outro vasodilatador, retirados da secreção de um sapo da Amazônia. A empresa extraiu as substâncias do animal e patenteou-as, passando a produzi-las sinteticamente. Mas as dificuldades são grandes na Justiça dos Estados Unidos, país que não ratificou a Convenção da Diversidade Biológica e não se dispõe a pagar pelo conhecimento tradicional de que se apropriou.

“Procuramos um escritório de advocacia americano que nos pediu US$ 150 mil só para iniciar a ação. Está fora das nossas possibilidades”, diz Eugênio Pantoja, da AmazonLink. Outras possibilidades são as patentes do cunani, substância anestésica usada em ferramentas de pesca de índios, e do jambu, erva que serve de matéria-prima para um creme dental.

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