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Problemas com as células-tronco

Estudos feitos nos últimos anos mostram que o implante de células-tronco no coração de pessoas que sofreram infarto ajuda a regenerar a área danificada. Agora, pesquisadores da Universidade Nacional de Seul, na Coréia do Sul, descobriram que esse tratamento também provoca efeitos indesejados, graves o suficiente para encerrar um estudo antes de sua conclusão. A equipe de Hyo-Soo Kim aplicou em 20 pacientes uma substância chamada fator de estimulação de colônia de granulócitos (G-CSF), que estimula a medula dos ossos a liberar células-tronco, capazes de se transformar em células de diversos tecidos do corpo. Em metade dos casos, os médicos filtraram e purificaram as células-tronco dos pacientes e as injetaram na coronária, a artéria que irriga o coração.

Passados seis meses, os que receberam o implante de células apresentaram desempenho físico invejável, com batimento cardíaco mais forte que os do grupo tratado só com G-CSF (Lancet, 6 de março). Mas, nos voluntários que receberam G-CSF, notou-se um crescimento anormal de células no interior dos stents, pequenas malhas metálicas em forma de cilindro que mantêm a coronária aberta de forma apropriada. Estimuladas pelo G-CSF, as células-tronco podem ter se acumulado no interior dos stents. “É preocupante”, diz John Martin, da University College London, que também conduz experimentos com células-tronco.

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