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Brasil

Quando a alergia está no ar

Trabalhar com ar-condicionado aumenta em 40% o risco de uma pessoa apresentar irritação nos olhos, no nariz e na garganta ou inflamações como rinite e conjuntivite. As conclusões são de um estudo feito por Gustavo Graudenz, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com 2 mil paulistanos – dois terços trabalhavam com ventilação artificial e os demais com ventilação natural. Há algumas pistas sobre as causas desses problemas. Em outro estudo, a equipe da USP avaliou as queixas de 330 pessoas que trabalhavam em três edifícios do Centro de São Paulo, um deles com os aparelhos e os dutos de ventilação com mais de 20 anos de uso, outro com o equipamento antigo, mas a tubulação com menos de dois anos, e o terceiro com aparelho e dutos trocados havia menos de dois anos.

Duas de cada três pessoas do primeiro prédio tinham rinite ou sinusite. O sistema de ventilação mais antigo não filtrava o ar direito e lançava uma quantidade maior de fragmentos de fungos capazes de provocar alergia. Mas só a quantidade de partículas não explicava os sintomas: nos edifícios com aparelhos mais novos havia menos fungos que no ambiente externo. Como a temperatura e a umidade do ar variavam muito mais no edifício com sistema de ventilação antigo que nos outros dois, Graudenz concluiu: “Aparentemente, os indivíduos alérgicos são mais sensíveis às variações de temperatura e umidade”.

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