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Agulha monitora transplante

Uma pequena agulha de pouco mais de 1 centímetro de comprimento e menos de 1 milímetro de espessura, chamada Microtrans, pode ser a resposta que os cirurgiões aguardavam para aumentar as taxas de sucesso dos transplantes. Ela é feita de silício e dotada de múltiplos sensores, capazes de avaliar vários parâmetros durante uma cirurgia, como temperatura, pH, potássio e a passagem de corrente elétrica no organismo humano. A sua utilidade será mais proveitosa nas isquemias, quando ocorre uma interrupção da corrente sanguínea, um fator complicador nos casos de cirurgias e transplante de órgãos. Embora os cirurgiões monitorem os batimentos cardíacos por meio do eletrocardiógrafo, quando têm de parar artificialmente o coração durante algum procedimento, essa avaliação pode ser paralisada por até 30 minutos. Com a agulha inserida no órgão, seu monitoramento é constante, o que permite conhecer suas condições de saúde durante a cirurgia ou o transporte numa caixa de gelo, por até 24 horas. Para checar os efeitos da isquemia, os médicos costumam recorrer a diversos métodos, nenhum muito eficaz ou preciso. Assim, muitos cirurgiões acabam confiando na avaliação visual para saber se o órgão poderá ser transplantado com sucesso. “Microtrans é robusta e sensível”, descreve Toni Ivorra, engenheiro eletrônico da empresa espanhola que coordenou o projeto, o Centro Nacional de Microeletrônica, de Barcelona. Além da aplicação médica, a agulha poderá monitorar a qualidade de produtos como carne, frutas e vegetais.

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