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Brasil

Avaliação do telescópio Masco

Dentro de dois meses será possível analisar todos os dados captados pelo telescópio brasileiro Masco (sigla para máscara codificada) durante as quase dez horas que permaneceu viajando pela estratosfera – a 40 quilômetros de altitude – no dia 1o de abril deste ano.

“Estamos agora na fase de analisar todos os sistemas do instrumento durante o vôo”, afirma o coordenador do projeto e pesquisador da Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Thyrso Villela Neto. Satisfeito com a performance do telescópio, Villela garante que “daria nota quase dez para ele”;. O “quase” ficou por conta de uma falha ainda não identificada na transmissão via rádio das informações captadas pelo Masco.

“A partir de quatro horas de vôo, deixamos de receber esses dados. Estamos analisando alguns circuitos eletrônicos para ver se houve falha”, explicou. O Masco, avaliado em R$ 3 milhões e financiado pelo Inpe, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e FAPESP, foi criado para registrar a radiação de raios X e gama do Universo.

Com 7 metros de comprimento e 2 toneladas, o telescópio cumpriu a meta em meio a condições adversas: preso a um balão que viajava a cerca de 100 quilômetros por hora e oscilando como um pêndulo. Villela diz que o desafio foi vencido graças ao Sistema de Apontamento e Referência de Atitude (Sara), desenvolvido pelo Inpe, que mantinha o telescópio direcionado para as imagens a serem registradas.

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