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No berço da aurora boreal

Pela primeira vez, imagens de satélite mostram detalhes das finas camadas da parte externa do campo magnético terrestre, a magnetopausa, capazes de influenciar o comportamento das partículas que circulam nessa região do espaço. Pesquisadores do Instituto Sueco de Física Espacial de Uppsala examinaram as propriedades de uma tênue camada descoberta nos limites do campo magnético de nosso planeta, em um estudo publicado na revista Geophysical Research Letters.

Essa camada tem aproximadamente 20 quilômetros de largura e possui correntes e fortes campos elétricos que influenciam a passagem de partículas de vento solar – o fluxo de prótons e elétrons emitidos pelo Sol – e energia. É quando o vento solar entra em contato com os campos magnéticos terrestres, localizados nos pólos, que se forma o espetáculo multicolorido das auroras boreal e austral, como o mostrado na foto acima.

Anteriormente, naves espaciais e simulações deram conta da existência dessa camada, mas não conseguiram determinar quaisquer propriedades devido à escassez de informações. A magnetopausa passou pela formação dos quatro satélites Cluster em 2002, fornecendo aos pesquisadores dados para inferir mudanças na corrente do campo elétrico e nos processos microfísicos que comandam essa região espacial.

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