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Brasil

O inventário dos bichos de Tucuruí

Inaugurada em 1984 com 12 turbinas, a hidrelétrica de Tucuruí, no sul do Pará, passa por obras de expansão e terá 23 unidades geradoras até 2006. Para adequar-se à atual legislação ambiental, muito mais severa que a do início dos anos 1980, a Eletronorte encomendou uma grande pesquisa sobre a fauna na área de influência do reservatório, no sul do Estado do Pará. Serão investidos R$ 1,6 milhão nos próximos três anos.

O trabalho teve início em junho e fará um inventário de mamíferos, aves, anfíbios e répteis que habitam o entorno da usina. É liderado pelo zoólogo Ulisses Galatti, do Museu Paraense Emílio Goeldi, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA).

O ponto de partida são os registros de animais resgatados em dois momentos – a inundação do reservatório, em 1985, e a recente elevação do nível de água de 72 metros para 74 metros, na expansão da hidrelétrica, que criou novas ilhas no lago.

O trabalho olha para o futuro. “O objetivo é criar estratégias de conservação e avaliar o impacto da ação do homem, pois há áreas de caça e extrativismo nas redondezas”, diz Ulisses Galatti. O estudo se somará a outros esforços, como os trabalhos sobre os primatas na região, feitos pela UFPA, e os trabalhos na área de botânica.

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