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Brasil

Menos cesáreas nos hospitais

Quando um médico considera a opinião de outro médico há menos cesáreas. Em cinco países da América Latina, incluindo o Brasil, diminuiu em 7,3% o total de partos desse tipo após a implantação de uma política que incentiva os médicos a ouvirem uma segunda opinião sempre que uma cesárea não emergencial fosse indicada.

Embora pequena, essa redução demonstra a possibilidade de aplicação dessa proposta em conjunto com outras medidas que visem ao maior controle desse procedimento, que representa de 25% a 30% de todos os partos na América Latina. “As cesáreas desnecessárias são um problema de saúde pública, porque o custo do parto cesariana é muito maior do que o do parto normal”, diz José Guilherme Cecatti, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e um dos autores do estudo, publicado em The Lancet.

Foram analisados 149.276 partos, realizados em 18 hospitais da Argentina, oito do Brasil, quatro de Cuba, dois da Guatemala e um do México.

No Brasil, segundo Cecatti, a redução foi maior do que nos outros países, mas “os resultados provavelmente não têm poder estatístico suficiente”, já que a amostra foi calculada para o total de hospitais, não para cada um, isoladamente. Segundo ele, os médicos “avaliaram cada caso mais detalhadamente” ao saberem que havia um guia que poderiam consultar para verificar as situações que indicassem cesárea e por saberem que um segundo obstetra daria a opinião.

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