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Mundo

Um novo debate sobre patentes

A multinacional GlaxoSmithKline (GSK), maior companhia farmacêutica da Europa, quer que o governo do Reino Unido encampe sua idéia de promover uma mudança global nas normas sobre patentes – aproveitando a ascensão do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, à presidência do G-8 (o grupo dos sete países mais industrializados do planeta mais a Rússia).

A proposta da GSK é criar um sistema compensatório, pelo qual o desenvolvimento de remédios contra doenças do Terceiro Mundo seja premiado com a extensão das patentes de medicamentos de interesse do Primeiro Mundo. Em resumo: drogas contra o câncer custariam caro por mais tempo e esse dinheiro subsidiaria a pesquisa de remédios contra moléstias tropicais.

Michael Bailey, conselheiro da organização não-governamental Oxfam, condenou a proposta da GSK e defendeu a manutenção das normas sobre patentes que, segundo ele, guardam conquistas importantes. Em 2001, a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou países a quebrar temporariamente patentes em situações de emergência. A decisão da OMC encerrou uma guerra entre laboratórios e governos que, num de seus rounds, opôs o Brasil e multinacionais como a Glaxo. (The Independent, 29 de novembro)

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