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Indicadores

Mercado de trabalho

Analisar a evolução do mercado de trabalho na cidade de São Paulo, utilizando indicadores gerados a partir da base de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). Esta é a proposta do artigo “O mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo”, de Marise Hoffmann, analista técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e consultora da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), e Sérgio Mendonça, diretor técnico do Dieese. A PED, realizada pelo Dieese e a Seade, é uma pesquisa domiciliar que produz indicadores estatísticos sobre a inserção da população no mercado de trabalho. Trata-se de um levantamento que identifica a situação de desemprego e as formas de trabalho geralmente consideradas como mais vulneráveis. As evidências estatísticas apresentadas no artigo, indicam que, na década de 1990 e no início da atual, “o mercado de trabalho na região metropolitana de São Paulo vem sofrendo um processo acentuado de deterioração, tanto na capacidade de atender às demandas da população, como nas características dos postos de trabalho gerados e nos valores dos rendimentos auferidos”. Segundo o estudo, a indústria foi a principal responsável pela perda de dinamismo do mercado de trabalho na região. “Coube aos setores de serviços e comércio compensar, em parte, a queda absoluta do nível de ocupação industrial”, dizem os autores. “Acompanhando esta situação, cresceu o número de trabalhadores ocupados como autônomos e empregados domésticos, bem como o de assalariados sem carteira de trabalho assinada”. Além do assalariamento sem carteira de trabalho, o estudo mostra que também cresceu a ocupação terceirizada, por meio de empresas prestadoras de serviços ou da contratação direta do trabalhador como autônomo. “Este processo, também passou a ser utilizado pelo setor público, embora em menor proporção”, revela o estudo.

Estudos Avançados  vol.17 – Nº47 – São Paulo – 2003

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