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Brasil

Detergente biológico remove petróleo

Um detergente biológico produzido pela bactéria Pseudomonas aeruginosa poderá ser utilizado para recuperar solos contaminados por vazamento de petróleo. A substância, desenvolvida no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro, conseguiu remover o óleo negro de amostras de areia.

Também conhecido como biossurfactante, o detergente biológico é um composto biodegradável e não-tóxico, enquanto os detergentes utilizados comercialmente são obtidos por síntese química. Para produzi-lo, são empregados resíduos de indústrias de óleos vegetais, como de soja, milho, palma, babaçu e algodão, como meio de cultivo.

“Dessa forma é possível reduzir em até 40% o preço do produto final”, diz o professor Jonas Contiero, coordenador da pesquisa. “Estima-se que cerca de 2% a 3% do total de óleo produzido é descartado na forma de borra oleosa. Esse resíduo, no entanto, ainda contém quantidades suficientes de óleo, aproveitado como nutriente para o microorganismo sintetizar o biossurfactante”, relata a pesquisadora Márcia Nitschke, que participa do projeto. Com isso, a sobra descartável transforma-se em um produto nobre. Os biossurfactantes também podem ser utilizados na recuperação do óleo bruto que adere às rochas durante a extração.

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