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Mundo

Parceria visceral com as bactérias

Elas formam o segundo maior órgão metabólico do corpo e são importantes – tanto quanto fatores genéticos e ambientais – para evitar ou agravar as doenças. No intestino de um adulto pode viver até 1 quilograma de bactérias, que contêm mais genes que o próprio hospedeiro.

Agindo em conjunto, os genes desses microorganismos e os do corpo humano formam um superorganismo, capaz de reger respostas fisiológicas e metabólicas, de acordo com um estudo de pesquisadores do Imperial College de Londres e da Astra Zeneca (Nature Biotechnology). O conceito de superorganismo pode ajudar a entender melhor os mecanismos de desenvolvimento das doenças, incluindo aqueles relacionados à resistência à insulina, a problemas cardíacos, a alguns tipos de câncer e mesmo algumas doenças neurológicas, segundo o coordenador desse trabalho, Jeremy Nicholson, do Imperial College London.

Para Ian Wilson, da Astra Zeneca, essa interação pode ajudar na pesquisa de fármacos e explicar por que alguns medicamentos funcionam em algumas pessoas e em outras não. Já se verificou que as bactérias alteram a basicidade (pH) do intestino e a resposta imune do organismo, das quais depende a eficácia dos medicamentos.

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