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Educação

Depressão escolar

Avaliar a relação entre sintomas de depressão, rendimento escolar e estratégias de aprendizagem entre alunos do ensino fundamental é o objetivo do artigo “Sintomas depressivos, estratégias de aprendizagem e rendimento escolar de alunos do ensino fundamental”, de Miriam Cruvinel e Evely Boruchovitch, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As autoras decidiram aprofundar o tema em razão do grande aumento da incidência de sintomas depressivos e dos aspectos negativos do problema na aprendizagem. “Durante muito tempo, pensou-se que a depressão em crianças não existia ou seria muito rara”, dizem as pesquisadoras. “A partir da década de 1960, estudos foram realizados e atualmente não há dúvida quanto à ocorrência de depressão na infância.” Participaram da pesquisa 169 alunos de 3ª, 4ª e 5ª séries de uma escola pública de Campinas. Os estudantes eram não-repetentes, com idade variando de 8 a 15 anos. As informações adquiridas foram analisadas quantitativamente, utilizando-se os procedimentos da estatística descritiva e inferencial. Fatores motivacionais e emocionais como auto-estima, ansiedade e sintomas depressivos podem interferir na aprendizagem. O levantamento detectou uma correlação negativa entre a presença de sintomas de depressão e o uso de estratégias de aprendizagem. “Quanto maior o número de sintomas de depressão, menor o relato de uso de estratégias de aprendizagem pelos alunos.”

Psicologia em estudo – vol. 9 – nº 3 – Maringá – set./dez. 2004

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