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Brasil

Mapas orientam decisões em SP

Apresentado em sua versão impressa no final de maio, o Inventário florestal da vegetação natural do Estado de São Paulo já mostrou que pode ser útil. A pedido da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a equipe do Instituto Florestal responsável por esse levantamento comparou as áreas ocupadas por vegetação natural em 1988 e em 2000 às margens de um dos principais rios paulistas, o Mogi-Guaçu. Uma análise de 12 trechos do rio indicou que a área com mata é 60% inferior ao mínimo exigido por lei. “O Inventário é um instrumento para análise e tomada de decisões para a conservação da vegetação natural”, diz Francisco Kronka, pesquisador do Florestal e coordenador do projeto. Centenas de mapas e tabelas evidenciam: apesar de um acréscimo em relação ao levantamento anterior, a área coberta por vegetação natural é pequena – equivale a 13,9% da superfície do estado – e está muito fragmentada. Os rios paulistas em geral perderam boa parte das matas ciliares e correm risco de assoreamento, elevando o risco de faltar água nas cidades e no campo. O Inventário ajudou a identificar as áreas de reabastecimento do aqüífero Guarani que estão recebendo fertilizantes agrícolas ou com mata escassa no município de Ribeirão Preto. “É muito importante evitar que essas áreas de captação de água sejam ocupadas desordenadamente”, diz João Régis Guillaumon, pesquisador do Instituto Florestal e um dos autores das propostas de proteção às áreas de reabastecimento do aqüífero. Valendo-se de fotografias aéreas de 2001 e imagens do satélite CBERS de 2004, Marco Aurélio Nalon, integrante da equipe do instituto, descobriu que nesse período havia desaparecido um trecho de 1 hectare (10 mil metros quadrados) antes coberto por Mata Atlântica em Bertioga, no litoral paulista.

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