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Brasil

A enzima dos cabelos brancos

Está um pouco mais claro como o corpo envelhece. Não é só porque as células se tornam incapazes de se multiplicar, fazendo os cabelos embranquecerem e a memória se esvanecer. O geneticista brasileiro Tomás Prolla, atualmente na Universidade de Wisconsin, Estados Unidos, descobriu que o acúmulo de lesões no DNA faz as células acionarem o processo de apoptose ou morte programada. Ele criou camundongos com uma versão defeituosa da enzima polimerase gama, que repara as lesões no DNA das mitocôndrias, as usinas de força das células. Surgiram sinais de envelhecimento (queda de pêlos, curvamento da coluna ou perda de audição) por volta dos  9 meses de idade – e aos 14 esses roedores já estavam mortos. Imaginava-se que esses danos fossem causados por moléculas chamadas radicais livres, mas Prolla relatou algo diferente na Science. Quando lesadas, as mitocôndrias liberam um sinal químico que indica à célula que é hora de morrer.

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