Imprimir PDF Republicar

Brasil

Vidro com boa memória

Um cubo de vidro capaz de armazenar grandes quantidades de dados digitais foi desenvolvido no Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, em colaboração com o Instituto de Estudos Avançados (IEAv) do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), de São José dos Campos. Ele é produzido com alta concentração de óxido de tungstênio (WO3). O material recebe gravações em três dimensões, tanto na altura como na largura e na profundidade. O vidro é sensibilizado por feixes de laser ultravioleta (de luz invisível), laser infravermelho ou laser visível. Outra característica é a possibilidade de regravação por meio de tratamento térmico ou por lasers apropriados para essa função. A utilização do material pode ser na forma de cubo ou em filme com alguns nanômetros de espessura, possibilitando uma interação com vários equipamentos eletrônicos, entre computadores e chips, além de servir para a fabricação de dispositivos que armazenam música ou filmes, como os CDs e os DVDs. A capacidade de armazenamento pode chegar a 1,6 terabyte ou 1.600 gigabytes (GB) por centímetro cúbico, equivalente a 40 discos rígidos de computadores de 40 GB ou mais de 1.600 CDs.

Título: Fotossensibilidade reversível no ultravioleta e visível de vidros à base de WO3
Inventores: Gaël Poirier, Marcelo Nalin, Younes Messaddeq, Sidney José Lima Ribeiro, Rudimar Riva
e Carmen Lúcia Barbosa
Titularidade: Unesp e FAPESP

Republicar