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Mundo

Interesses secretos

A indústria do tabaco assumiu o compromisso de não patrocinar pesquisas médicas na Alemanha que pudessem ser usadas para promover seus interesses. Segundo entidades antitabagistas, a Fundação Philip Morris quebrou a promessa. De acordo com a revista Nature, a fundação premiou com US$ 31 mil (cerca de R$ 65 mil) o químico Thomas Carell, da Universidade de Munique, que estuda mecanismos de reparo do DNA. Para a Philip Morris, a premiação é aceitável, pois Carell trabalha só com vegetais. O lobby antitabaco vê interesses secretos. Danos ao DNA causados pelo cigarro podem desencadear o câncer, caso os mecanismos de reparo estudados por Carell sejam desarmados. A ligação entre os cientistas e a indústria tabagista é assunto sensível na Alemanha, país refratário ao controle do cigarro. Em 2005 um artigo do toxicologista Thilo Grüning ganhou repercussão ao acusar cientistas alemães de esconder dados sobre os males do cigarro, bancados por empresas de tabaco.

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