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Mundo

Siga o dinheiro e entenda os vírus

Para prever como podem se propagar epidemias como a gripe aviária que chegou à Europa, pesquisadores alemães e norte-americanos trataram de entender como as pessoas viajam – porque é assim que levam vírus e bactérias de um lugar a outro. Mas, em vez de listar as distâncias percorridas e a freqüência com que usam carros, trens ou aviões, adotaram um enfoque diferente. Por meio de uma página na internet, a equipe coordenada por Dirk Brockmann, do Instituto Max Planck de Dinâmica e Auto-Organização, em Göttingen, Alemanha, acompanhou o percurso de 500 mil notas previamente marcadas por milhares de quilômetros nos Estados Unidos. De modo geral, em duas semanas metade das notas permanecia no próprio estado em que foram registradas pela primeira vez e 7% viajavam pelo menos 600 quilômetros. Analogamente, poucas pessoas viajam grandes distâncias. Esse estudo, publicado na Nature, permitiu aos pesquisadores elaborar equações descrevendo a probabilidade de as pessoas viajarem distâncias maiores ou menores e disseminarem doenças. Na Idade Média as pestes se espalhavam lentamente porque as pessoas viajavam poucos quilômetros por dia, a pé ou a cavalo.

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