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Brasil

Uma carta para Lisboa

Exploradores portugueses estiveram no Nordeste brasileiro, descobrindo e coletando peixes fósseis, quase 20 anos antes do botânico Carl Friedrich von Martius e do zoólogo também alemão Johann Baptist von Spix, integrantes de uma expedição científica financiada pelo imperador da Áustria que percorreu o país entre 1817 e 1820. Uma carta de 11 de dezembro de 1800, escrita por João da Silva Feijó, um naturalista que nasceu no Rio de Janeiro e estudou na Universidade de Coimbra, descreve a petrificação dos peixes na Chapada do Araripe e lista amostras que ele enviou para serem analisadas em Lisboa. Algumas são do Vinctifer comptoni, um peixe do Cretáceo, com cerca de 110 milhões de anos. Desconhecida durante muito tempo, a carta de Feijó foi apresentada na revista Comptes Rendus Palevol em um artigo assinado por Miguel Telles Antunes, da Academia das Ciências de Lisboa, Ausenda Balbino, da Universidade de Évora, e Idalécio Freitas, da Universidade Regional do Cariri, no Ceará. Os exemplares descritos nesse documento encontram-se guardados no Museu da Academia das Ciências de Lisboa.

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