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Mundo

Relíquia soviética

Um grupo de 13 renomados cientistas da Ucrânia propôs um projeto para reformar a Academia Nacional de Ciências do país, que reúne 174 institutos e emprega 28 mil pessoas. Liderado por Aleksei Boyarski, físico do CERN, laboratório de física de partículas sediado na Suíça, o grupo classifica a academia como o grande obstáculo para o renascimento acadêmico do país, após o declínio imposto pelo colapso da União Soviética, em 1991. A produtividade dos institutos não é alta: segundo dados da base Thomson Scientific (ISI), são 1.500 artigos publicados por ano, a maioria em áreas vinculadas à tecnologia militar. Mas a grande queixa é que os líderes da academia – cuja idade média é de 71 anos – sabotam a aproximação da Ucrânia com a União Européia (UE) por medo da competição internacional e da perda de influência. “A academia não está interessada em fazer nenhum tipo de reforma”, disse Boyarski à revista Nature. Desde 2002, a Ucrânia está apta a receber verbas de programas de pesquisa da UE. Mas só sete entre as centenas de projetos fundeados por tais programas têm colaboradores ucranianos. Em vários casos, o problema é a má vontade da academia em apresentar a documentação pedida, diz Oleh Napov, adido da missão ucraniana na UE. Recentemente, Napov solicitou à academia que apresentasse um esboço de seus programas prioritários. Recebeu uma lista de nomes de acadêmicos, e uma carta informando que eles são a prioridade.

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