Na próxima vez em que for viajar, antes de entrar no carro pergunte ao motorista se no último ano ele dirigiu alguma vez enquanto se sentia sonolento. Dependendo da resposta, mude a data da viagem ou assuma o volante. Estudo conduzido pela equipe de Emmanuel Lagarde e Mireille Chiron, do Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica da França, com 13.299 motoristas franceses indica que o condutor do veículo reconhece com bastante precisão se já dirigiu com sono. O trabalho, publicado no British Medical Journal, também mostra que, apesar da sonolência, em geral os motoristas não agem como deveriam: em vez de encostar o carro para uma breve caminhada ou um cochilo de alguns minutos, eles optam por seguir viagem. A razão da insistência é que subestimam o efeito do sono sobre a capacidade de continuar dirigindo ou superestimam sua própria habilidade de resistir ao sono. A conseqüência não podia ser outra. Os entrevistados que afirmaram ter dirigido com sono alguma vez no ano anterior corriam risco maior de sofrer um acidente grave na estrada. A probabilidade de acidente aumentou de acordo com a freqüência que os motoristas disseram ter dirigido com sono – esse índice variou de raramente a uma vez por mês ou mais do que isso. De acordo com os pesquisadores, cerca de 20% da população estudada dirige com sono. Um estudo de 2005 indica que nos Estados Unidos essa proporção é de seis em cada dez motoristas.
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