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Estratégias

De volta à Estação

O Brasil voltou a negociar com a Nasa o fornecimento de peças para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Segundo os entendimentos, a Agência Espacial Brasileira (AEB) deverá fornecer peças no valor de US$ 5 a 6 milhões para ter o direito de enviar experimentos científicos de microgravidade a bordo dos ônibus espaciais norte-americanos. O acordo não prevê a ida de outro astronauta brasileiro à ISS. “Queremos prosseguir com nossas pesquisas de microgravidade e a Nasa exige o fornecimento de peças como contrapartida”, diz Raimundo Mussi, assessor técnico-científico da AEB. Na viagem que fez à ISS, o astronauta Marcos Pontes levou oito experimentos de microgravidade, área de interesse de disciplinas como biotecnologia, medicina, materiais e  fármacos. A decisão brasileira de investir nessas pesquisas vem no mesmo momento em que a Nasa discute a interrupção por um ou dois anos de suas experiências na ISS, a fim de canalizar recursos para uma outra prioridade: a exploração humana do espaço. “Há pesquisadores que consideram as experiências em microgravidade importantíssimas, enquanto outros afirmam que elas não têm valor”, diz Raimundo Mussi. “A verdade provavelmente está no meio.”

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