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Estratégias

Descendentes não entram

Um programa voltado para atrair talentos internacionais para laboratórios da China é alvo de acusações de preconceito. Em setembro de 2006, a Academia Chinesa de Ciências lançou uma iniciativa que oferece bolsas de um ano para 50 pesquisadores estrangeiros. A remuneração é de 100 mil yuans, ou US$ 12,9 mil anuais. Em janeiro, um texto postado num fórum de pesquisadores na internet observou que as regras do programa restringem a participação aos fei huayi waiji (estrangeiros sem ascendência chinesa). A descoberta causou protestos. A distinção entre os huayi (descendentes de chineses) e os fei huayi seria uma forma de discriminação, diz Stevan Harrell, estudioso da China da Universidade de Washington, Seattle. “Quem tem ascendência chinesa não é visto como estrangeiro, mesmo na segunda ou terceira geração”, disse Harrell à revista Science. Li Hefeng, representante da academia, defende o programa. “Trinta por cento dos pesquisadores atuando nos Estados Unidos são estrangeiros, mas aqui quase não há, pois havia dúvidas se os fei huayi poderiam adaptar-se ao nosso país.”

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