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Estratégias

Beleza atômica

A russa Yelena Kamenskaya venceu no final de junho um concurso de miss politicamente incorreto. A loira de 23 anos foi a vitoriosa na eleição pela internet da mais bela entre as funcionárias das usinas e empresas da área de energia atômica do país. O prêmio foi um casaco de peles.

O concurso da Miss Nuclear mobiliza os russos desde 2004 e faz parte da estratégia de marketing do governo para amenizar o trauma do acidente nuclear de Chernobyl, ocorrido duas décadas atrás. A Rússia voltou a investir pesadamente na construção de usinas nucleares. O presidente Vladimir Putin anunciou a construção de 26 plantas – incluindo a primeira usina flutuante do mundo, no gélido mar Branco – que aumentarão de 15% para 25% a parte da energia de origem atômica produzida pelo país. “Nossa economia está crescendo e precisamos de energia”, disse o físico russo Vladimir Fortov ao jornal The Christian Science Monitor. Para facilitar a expansão, o Kremlin determinou a fusão de 30 empresas do setor nuclear no conglomerado estatal Atomenergoprom, num modelo semelhante ao imposto aos setores de eletricidade, gás, aviação e indústria bélica.

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