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Estratégias

Caça às bruxas em Teerã

A prisão de três pesquisadores acusados de espionagem põe em xeque o intercâmbio científico no Irã. Os detidos têm cidadania iraniana e norte-americana, são acusados de conspirar contra o Estado islâmico e foram capturados por policiais mascarados  e armados de facas. Haleh Esfandiari, de 67 anos, que trabalha no Centro Internacional Woodrow Wilson, em Washington, foi presa assim que chegou a Teerã para visitar a mãe. Os outros dois presos são o sociólogo Kian Tajbakhsh, que trabalha para uma organização humanitária de Nova York, e Ali Shakeri, da Universidade da Califórnia. Em maio, o Ministério da Inteligência do Irã avisou os cientistas de que o contato com instituições estrangeiras ou a participação em conferências internacionais são consideradas atividades suspeitas. A caça às bruxas já emperra o intercâmbio, disse à revista Nature a psicóloga iraniana Fatemeh Haghighatjoo, bolsista da Universidade Harvard. Recentemente, ela convidou 20 conterrâneos seus para um workshop sobre o futuro da democracia no Irã. Dezoito disseram não.

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