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Quênia

Os rastros do ódio

A violência política e étnica que matou perto de mil pessoas no Quênia após as eleições de dezembro já causa prejuízos à ciência do país. Universidades e institutos de pesquisa quenianos atrasaram o reinício das atividades em 2008, de acordo com a agência de notícias SciDev.Net. Permanecia fechada até o final de janeiro, por exemplo, a universidade Masinde Muliro, na cidade de Kakamega, onde seis pessoas morreram em tiroteios, casas e lojas foram incendiadas e há falta de alimentos. Estudos no campo da agricultura foram interrompidos na Universidade Moi, em Eldoret, uma das regiões que mais sofreram com os protestos. Como a logística de vários projetos de colaboração internacional é sediada no Quênia, alguns pesquisadores da República Democrática do Congo, Ruanda, Sudão e Uganda também interromperam suas atividades. Teme-se que os reflexos da crise comprometam o futuro. “Os esforços para financiar novos projetos foram suspensos”, diz Miriam Gaceri Kinyua, da Universidade Moi. Pelo menos uma notícia deixou o meio acadêmico esperançoso de que a política científica terá continuidade. O presidente reeleito Mwai Kibaki anunciou que o ministro da Ciência e Tecnologia, Noah Wekesa, será mantido no cargo em seu novo mandato.

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