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Estratégias

Bolsa antiarmamentista

Bolsa antiarmamentista

O Congresso norte-americano quer explicações do governo sobre um programa que dá uma espécie de bolsa a cientistas nucleares da extinta União Soviética para evitar que ajudem países com ambições atômicas. As Iniciativas para Prevenção da Proliferação (IPP), um programa coordenado pelo Departamento de Energia, já destinaram US$ 309 milhões desde 1994 a 17 mil pesquisadores comprometidos em trabalhar em tecnologias pacíficas, oriundos de países como Rússia, Ucrânia, Casaquistão e Usbequistão. O programa foi idealizado para atenuar um problema emergencial – o desemprego em massa de pesquisadores após a desintegração soviética -, mas acabou se desvirtuando. Segundo reportagem da revista Nature, menos da metade dos cientistas patrocinados atualmente tem expertise em armas e o programa vem recrutando novos especialistas, muitos deles jovens demais para terem participado da corrida armamentista dos tempos da Guerra Fria. Elena Sokova, do Centro James Martin para Estudos sobre Não-Proliferação Nuclear, apóia o programa e diz que pagar os cientistas ajuda efetivamente a evitar que trabalhem com armas. Segundo ela, uma pesquisa feita em 2003 com 600 cientistas russos concluiu que 20% deles cogitavam trabalhar para governos acusados de dar apoio a grupos terroristas.

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