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Tecnociência

Eficiência térmica

Um forno inovativo e compacto para a produção de gesso que apresenta alta eficiência térmica, cerca de 90%, e no processo de queima, em vez da madeira, utiliza gás natural ou biodiesel foi desenvolvido no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) especialmente para o pólo gesseiro de Araripe, no sertão pernambucano, que reúne cerca de cem empresas. Outra vantagem do forno, que tem capacidade estimada de 30 toneladas por dia, é a possibilidade de condensação do vapor de água liberado no processo de transformação da gipsita em gesso. A água faz parte da composição da gipsita, que nada mais é do que sulfato de cálcio hidratado. “Como a produção de gesso no pólo fica em torno de 1,2 milhão de toneladas por ano, são liberados para a atmosfera cerca de 220 milhões de litros de vapor de água provenientes da gipsita”, diz o professor Armando Shinohara, coordenador do projeto na universidade, que teve apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). “Essa quantidade de água daria para abastecer uma cidade com 12 mil habitantes por ano.”  Para obter gesso de qualidade controlada, o forno será monitorado por computador.  O equipamento foi produzido pela empresa Menkaura, fabricante de fornos de calcinação, que já começou a receber encomendas do pólo.

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