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África do Sul

Remédios, sim. Beterraba, não

“Nós sabemos que o HIV causa a Aids”, afirmou em meados de outubro Barbara Hogan, militante histórica do Congresso Nacional Africano, duas semanas depois de assumir o Ministério da Saúde da África do Sul. A declaração, embora expresse um consenso científico de mais de duas décadas, marca uma notável mudança de rumo na política de combate à Aids no país, que tem estimados 5,4 milhões de pessoas contaminadas. A antecessora de Barbara, Manto Tshabalala-Msimang, passou nove anos à frente da pasta afirmando que a Aids não é causada pelo HIV e que, em vez dos caros remédios contra a síndrome, o ideal era tratar a doença comendo beterrabas e alho. A nova ministra anunciou a expansão do programa de distribuição de medicamentos anti-retrovirais, que hoje já atinge 550 mil pessoas no país. “Também vamos reforçar a prevenção da transmissão da doença entre mães e seus bebês”, disse a ministra, segundo a agência de notícias Associated Press.

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