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Estratégias

O menu das más condutas

Num esforço para combater fraudes e condutas desonestas no meio acadêmico, o Ministério da Educação da China publicou uma espécie de índex de atos e comportamentos inadequados, assim como estipulou punições para quem praticá-los. De acordo com o documento, cometer plágio, falsificar dados e referências, fraudar currículos e usar o nome de outros pesquisadores sem pedir permissão poderá dar punição com demissão, suspensão do financiamento de projetos de pesquisa, cassação de prêmios e processos na Justiça. As medidas são uma resposta a um recente escândalo envolvendo a Universidade Zhejiang, na cidade de Hangzhou, onde dois professores de ciências farmacêuticas, He Haibo e Li Lianda, perderam seus cargos acusados de plágio. Em 2006 o governo chinês já havia criado um esquema para monitorar projetos de pesquisa depois de uma série de acusações envolvendo condutas desonestas. “As medidas buscam criar um mecanismo de prevenção que mantenha o campo acadêmico livre de fraudes”, disse à agência SciDev.Net Xu Mei, a porta-voz do ministério. Para Hou Zinyi, professor de direito da Universidade Nankai, na cidade de Tianjin, as iniciativas do governo são superficiais. Segundo ele, é preciso aliviar a pressão sobre os pesquisadores, principalmente os mais jovens, que se veem obrigados a publicar artigos em grande quantidade e acabam recorrendo a trapaças.

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