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Estratégias

A ética dos robôs

Um relatório da Academia Real de Engenharia do Reino Unido exortou a comunidade científica a debater as implicações éticas e jurídicas da crescente robotização de máquinas e sistemas. “Não estamos falando de elevadores nem de máquinas de lavar automáticas, mas de sistemas que possuirão um nível crescente de autodeterminação”, disse à agência BBC Lambert Dopping-Heppenstal, membro do grupo de trabalho de ética da academia. De acordo com o documento, a automatização permitirá, num horizonte de uma década, que sistemas de transporte e até cirurgias sejam conduzidos quase sem intervenção humana. Mas como responsabilizar máquinas se algo der errado? “Ou discutimos isso agora ou, mais adiante, vamos querer colocar na cadeia o caminhão que causou o acidente”, disse Will Stewart, também membro da academia. Stewart afirma que o debate é espinhoso porque sistemas autônomos serão, provavelmente, bem menos falíveis do que os atuais. “Os carros, por exemplo, tendem a ser mais seguros. Afinal, uma máquina pode funcionar 24 horas sem ficar cansada nem corre o risco de se distrair enquanto briga com a sua mulher sentada no banco do passageiro. Mas ocasionalmente poderá fazer algo que nem o mais estúpido dos humanos faria”, diz.

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