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Saúde pública

Crianças asmáticas

O artigo “Conhecimento sobre asma das mães de crianças acometidas pela patologia, em área coberta pelo Programa Saúde da Família”, de Ana Maria Siga Stephan, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, e Juvenal Soares Dias da Costa, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas, objetivou avaliar o conhecimento sobre asma das mães de crianças com essa patologia e os fatores associados a esse conhecimento. Realizou-se um estudo censitário para identificar as crianças com asma utilizan­do-se o questionário da International Study of Asthma and Alergies in Childhood. As mães das crianças identificadas responderam a outro questionário que levantou dados demográficos, socioeconômicos, ambientais, biológicos, comportamentais, aspectos relacionados ao manejo da doença e utilização de serviços de saúde. Foi considerado como conhecimento o preenchimento de três critérios: manejo inicial adequado das exacerbações, reconhecimento do agravamento dos episódios de sibilância e dos fatores desencadeantes. Das 258 mães entrevistadas, 67 (26%) foram consideradas como tendo conhecimento adequado. Na análise dos fatores associados ao conhecimento materno permaneceu associado ao desfecho, após ajuste: o sexo da criança, a prematuridade, a criança ter outras doenças atópicas e possuir medicação em casa para o manejo das exacerbações. O estudo mostrou que, apesar de relatarem ter recebido orientações, apenas um terço das mães efetuou mudanças ambientais e comportamentais. Além disso, quando se estabeleceu que o conhecimento adequado devesse ser o preenchimento dos três critérios, o número de mães classificadas foi ainda menor entre as respondentes. Os achados reforçam a necessidade de intervenções educativas focadas nas deficiências do conhecimento, como meio de possibilitar às crianças asmáticas o desenvolvimento de atitudes de automanejo bem-sucedidas.

Revista Brasileira de Epidemiologia – vol. 12 –  nº 4 – São Paulo – dez. 2009

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