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borboletas

Os genes das manchas

Chris Jiggins/Universidade de Cambridge

Heliconius melpomene: mimetismo perfeitoChris Jiggins/Universidade de Cambridge

Duas espécies de borboletas de espécies diferentes, a Heliconius melpomene e a Heliconius erato, embora geneticamente distantes a ponto de não cruzarem entre si, apresentam as mes­mas manchas vermelhas e amarelas nas asas negras. Como duas espécies geneticamente distantes podem ter evoluído do mesmo modo a ponto de uma mimetizar a outra? Essa pergunta tem intrigado muita gente e até mesmo Charles Dar­win, há muito tempo. Agora uma equipe da Universidade de Cambridge, Inglaterra, verificou que apenas um ou dois genes podem ser os responsáveis pelas manchas que afugentam pássaros por indicar que as borboletas contêm toxinas e provavelmente são de gosto ruim. Os resultados, descritos em dois trabalhos publicados na mesma edição de fevereiro da PLoS Genetics, confirmaram que os mesmos genes estavam envolvidos na constituição das manchas, algo antes considerado improvável, e atestam a flexibilidade dos artifícios usados ao longo da evolução em nome da sobrevivência.

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