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de perto

Epilepsia de perto

Antonio serantoni / national library of medicineCérebro, ainda cheio de mistériosAntonio serantoni / national library of medicine

A epilepsia, causada por uma ação desregulada dos neurônios no cérebro, tem muitas formas. O neurologista Fernando Cendes, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vem estudando o tipo mesial temporal, que causa perda de memória verbal (quando afeta o hipocampo esquerdo) e visuo espacial quando os danos são do lado direito. Ao comparar pacientes dos dois tipos com ressonância magnética funcional, sua equipe mostrou que a epilepsia do lado esquerdo causa uma redução maior na conectividade entre neurônios do hipocampo, em relação ao lado direito (BMC Neuroscience).  O resultado indica um papel diferente para cada lado do hipocampo e a necessidade de se tratar de forma distinta os dois tipos de pacientes. Outro avanço em relação à epilepsia vem do laboratório de Iscia Lopes-Cendes, também da Unicamp. Seu aluno de doutorado Vinícius Pascoal usou interferência por RNA para controlar, em ratos, a produção de interleucina 1-beta, substância pró-inflamatória que age no cérebro contra traumas e processos patológicos. Ele mostrou que a interleucina tem um papel protetor contra as crises – o contrário do que se imaginava –, ajudando a elucidar a relação entre inflamação e epilepsia (Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology). Ambos estudos integram o programa CInAPCe, da FAPESP.

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